Irã diz que Israel pagará um preço alto pelos ataques
A ofensiva israelense matou cerca de 20 comandantes iranianos
Publicado: 13/06/2025 às 16:51

Líder supremo do Irã, ayatollah Ali Khamenei (KHAMENEI.IR/AFP)
O líder supremo do Irã, Ayatollah Ali Khamenei, afirmou hoje que Israel terá uma dura punição e ameaçou com uma retaliação decisiva após os ataques as suas instalações militares. A ofensiva matou ainda cerca de 20 comandantes do país, entre os quais, o comandante-chefe da Guarda Revolucionária, Hossein Salami.
"O regime sionista (Israel) desencadeou a sua mão perversa e sangrenta num crime contra o Irã e revelou a sua natureza vil. Com este ataque, o regime sionista preparou um destino amargo para si próprio e que certamente irá receber", assegurou Khamenei.
O Irã até o momento respondeu com cerca de 100 mísseis e foguetes em diversas localidades de Israel, mas a maioria foi interceptado pelo exercito israelense. Entretanto, em Tel Aviv ocorreu incêndios e algumas pessoas ficaram feridas
O Ministério das Relações Exteriores e a Guarda Revolucionária, a força de elite iraniana, também declararam que os Estados Unidos, como maiores aliados de Tel Aviv, serão responsáveis pelas consequências das ações do governo israelense. "O ataque israelense foi realizado com pleno conhecimento e apoio dos maus governantes na Casa Branca e dos terroristas norte-americanos", disseram.
A agência estatal iraniana de notícias IRNA comunicou que um número ainda desconhecido de civis foi morto em áreas residenciais no norte de Teerã.
Por outro lado, o embaixador israelense nas Nações Unidas indicou que o Irã estava preparando um "grande ataque" e uma invasão de Israel, acrescentando que o país não podia ficar à espera de ser atingido.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse hoje que já espera várias ondas de ataques iranianos. Além disso, o premiê revelou ter dado ordens para atacar o programa nuclear iraniano em novembro de 2024 e que o plano inicial era realizar os ataques no final de abril deste ano, apesar de ter sido adiado. "A ordem surgiu logo após o assassinato do líder do grupo xiita libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah", adiantou.
No entanto, Netanyahu não justificou porque os planos foram adiados, mas a mídia israelense aponta que as negociações entre Washington e Teerã para um acordo sobre o programa nuclear iraniano começaram em abril, precisamente quando, segundo o primeiro-ministro, Israel deveria colocar em prática os ataques.

